Todos Precisamos Estudar o Passado, Para Compreender o Presente e Mudar o Futuro

Principalmente na área da tecnologia, o passado é sempre chamado de forma preconceituosa de “OBSOLETO”, mas esquecemos que o dia de hoje só é possível porque o passado existiu.

O passado não pode ser alterado, mas o hoje e o amanhã dependem de nós. Podemos melhorar o presente e tornar o futuro mais simples.

Dito isso, para que se possa entender, porque a maioria das implementações de ERP’s (principalmente em nosso país) sempre acabam, elevando os custos de TI para se manterem em funcionamento, logo após sua implementação, o que é uma contradição.

Na internet existem várias publicações que enumeram vários motivos que segundo estas são os causadores desta elevação dos custos, mas todas elas não mencinam ou buscam no passado uma resposta do principal motivo.

Este artigo, tem a finalidade de fazermos juntos esta caminhada, e buscarmos o que realmente é o principal causador deste infeliz fenômeno.

Para isso, como todas as pesquisas arqueológicas, precisamos de uma mapa, para pelo menos nos direcionar mais acertivamente nesta caminhada. O nosso mapa é o abaixo ilustrado.

De ±2.000 anos atrás até 1943, os primeiros equipamentos eram apenas grandes calculadoras. De 1944 até 1968 começaram a efetuar tarefas mais complexas, mas mesmo assim nem todos tinha acesso a este tipo de tecnlogia da época, devido seu alto custo, tanto de aquisição, das instalações e de manutenção.

O grande salto foi após 1971 até 1976, com a introdução dos microprocessadores e dos PC’s (Personal Computer) no mercado, permitiu a produção de equipamentos que podiam fazer tarefas mais complexas, mas exigiam dos usuários ainda um grande conhecimento de programação.

Em 1985 com a criação do sistema operacional Windows 1.0 é que estes equipamentos começaram a fazer com que qualquer tipo de usuário pudesse operar estes equipamentos.

Com estes novos recursos no final dos anos 80, tivemos a introdução no mercado das “Ilhas Departamentais”, na época chamadas de “MÓDULOS”.

Estes módulos, eram programas específicos para cada tipo de atividade administrativa, por exemplo: Finanças, Compras, Vendas, Recursos Humanos entre outros, mas estes não se comunicavam entre si, sendo necessário, quando possível, a transferência de arquivos que estes precisavam trocar, por meio de disquetes, conforme ilustração abaixo.

Na década dos anos 90, é que foi lançado no mercado o conceito ERP, onde com a criação de um banco de dados centralizado, o qual contém todas as informações referentes aos módulos que o compõe, fazendo assim, que todas as informações sejam trocadas entres todos estes módulos, de forma instantânea. Conforme ilustração a seguir.

Com esta nova metodologia, se fez necessário uma nova forma de estruturação das informações da Empresa, antes de se colocar em atividade o ERP. Já não se trata de cada módulo ser instalado independentemente um do outro, mas sim com uma visão global que as informações, relatórios, pedidos, etc. da Empresa fluem.

A implementação de um sistema ERP é comparável a um transplante de cérebro. São desativadas todas as aplicações da companhia e se passa a utilizar um software de uma Empresa especializada em Gestão Empresarial.

O risco, evidentemente, seria a interrupção das atividades da Empresa, porque se o ERP não for implementado corretamente, com certeza acabará matando a companhia (Jim Prevo, CEO da Greem Mountain Coffee). Embora as vantagens sejam muitas, os custos e riscos também são consideráveis.

Para se fazer uma correta implementação de um sistema ERP, existe um grande esforço interno a ser efetuado antes mesmo da aquisição deste, pois o fator principal é que este novo sistema venha a ter a maior aderência possível com a personalidade da Empresa, evitando-se desta forma despesas desnecessárias, como gestão de mudança, custos de manutenção adicionais após sua implementação entre outros.

Esta metodologia, aplicada em países com a automação digital em estado avançado em nossa comparação, como Alemanha, Estados Unidos, China, Japão e outros será matéria de nossa próxima publicação e esta é “GESTÃO POR PROCESSOS” (não confundir com gestão de processos, pois são muito diferentes uma metodologia da outra).

Texto por: Marco Trovati